sexta-feira, 27 de julho de 2012

XILOGRAVURAS NO MAUC


O MAUC (Museu de Arte da UFC) dispõe de uma grande coleção de xilogravuras, de diversos artistas. Abaixo, há um texto de Gilmar de Carvalho sobre o tema, extraído da página de apresentação do acervo de xilogravuras da Instituição:



APRESENTAÇÃO


A xilogravura é uma técnica milenar chinesa, apropriada pela Europa na Idade Média, que passou pela revolução gutembergiana e chegou ao Brasil, com o levantamento da interdição aos impressos, a partir de 1808.

À medida que o equipamento gráfico se tornava obsoleto para os grandes centros, passou a se interiorizar e chegou ao Nordeste.

Os tacos de madeira serviram como cabeçalho de jornais e como ilustração, antes dos clichês de metal, sendo adotada como capa dos folhetos de feira.


Cumpriram um circuito que foi de Pernambuco (Leandro Gomes de Barros) à Paraíba (Popular Editora) e chegou a Juazeiro do Norte, onde, em 1949, José Bernardo adquiriu o acervo de Athayde e deslocou para o Cariri cearense o pólo da edição de cordéis.

Nos anos 60, graças aos emissários do MAUC, Sérvulo Esmeraldo, Lívio Xavier e Floriano Teixeira, foi introduzido o formato álbum, com assinaturas de Noza, Walderêdo, Zé Caboclo e Antonio Lino.

Depois desses pioneiros, veio uma entressafra com Stênio Diniz e Abraão Batista e, nos anos 90, o que se convencionou chamar de “nova gravura”, onde despontaram José Lourenço, Francorli, Nilo, Cícero Vieira, Naldo, Ailton, Erivana, Gilberto, Justino, Elosman e Hamurabi, dentre outros.

Nas pranchas de umburana, a partir de instrumentos improvisados, mas com muita habilidade e inventiva, os gravadores vêm renovando seus repertórios, dialogando com a cultura de massas e inserindo a xilogravura de extração popular no circuito de arte.

Gilmar de Carvalho

2 comentários:

  1. Boa noite, quem fazia as xilogravuras ou tipo carimbos (no Museu MAUC, nos anos 1974/5/6)de bronze, utilizando buril?, enfim muitos carimbeiros do Centro de Fortaleza - Ceará, sempre mencionavam o nome de um Senhor, Conhecido pelo nome, JOSÉ ESTÁCIO, que era exímio nessa arte. Meu nome é Marcos Nóbrega, sou neto e filho de carimbeiros, Rua do Rosário, 112-B - Centro - CEP 60.055-090, estamos gratos...

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